História da Basílica de São João de Latrão
O local onde se encontra a Arcibasilica Papale di San Giovanni in Laterano foi ocupado durante o Império Romano pelos Lateranos, que atuavam como administradores para diversos imperadores.
No ano de 161, Marco Aurélio construiu naquele local um palácio. Em 226, Septímio Severo devolveu uma parte das propriedades dos Lateranos, mas não se sabe se incluiu o palácio. O certo é que o Palácio Laterano encontrava-se em posse do imperador Constantino I enquanto casado com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio.
A construção ficou conhecida na época como "Domus Faustae" e posteriormente foi doada ao bispo de Roma por Constantino. A data precisa da doação é desconhecida, mas estudiosos acreditam que tenha sido durante o pontificado do Papa Melquíades, perto do ano 313.
A basílica foi fundada por Constantino I, o primeiro imperador cristão, para ser a principal igreja de Roma. De fato era a única dentre as três grandes basílicas construídas que se encontrava no interior dos muros que cercavam a cidade e por isto era adequada para servir de catedral.
O nome Arcibasilica Papale di San Giovanni in Laterano (Arquibasílica Papal de São João de Latrão) data do século VII quando o Papa Gregório I, o Grande, (pontificado de 590 a 604), a colocou sob a proteção de São João Batista.
Baldacchino gótico do século 14, uma das atrações da basílica. Foto de Stefano Costantini/Rome Cabs.com
Durante a Idade Média, foram realizados cinco grandes concílios ecumênicos na Basílica de São João de Latrão, conhecidos como os Concílios de Latrão. Até 1309, ao lado da Basílica se situava a residência do Papa, cujo resquício ainda é visível na Capela Sancta Sanctorum e na Scala Santa .
o imperador Constantino adornou a antiga basílica monumental com ouro, prata e mosaicos. foto: Benson Kua
A modificação mais importante da basílica data de 1650, quando o papa Inocêncio X (pontificado de 1644 a 1655) chamou Francesco Borromini, que transformou a basílica de quatro naves laterais em uma igreja barroca. Entre 1733 e 1736, Alessandro Galilei acrescentou a fachada monumental e em 1886 o papa Leão XIII (pontificado 1878-1903) mandou alargar o coro.
A fachada de Galilei, acima do vestíbulo, marca o apogeu do barroco em Roma. Altas pilastras e colunas dividem a parede em cinco seções, com uma central. Uma balaustrada adorna o ático, com imagens dos santos. Atrás da fachada principal há um segundo paredão, na forma de colunata com dois andares e projetando-se um pouco para a frente acima da entrada principal de modo a criar um balcão para as bençãos papais.